31 de outubro de 2014

Privacidade OU Pela boca morre o peixe - Parte II

Sempre achei que seria uma grávida muito defensora da sua barriga.
Tirando o pai, nada de andarem cá às festinhas porque sim e porque sim!
Sempre achei que trataria a minha barriga como algo muito meu, privado, quase exclusivo.
Há dias, estava confortavelmente sentada numa esplanada enquanto esperava a boleia do marido quando a Conchinha começou uma sessão de pontapés vigorosos!
Já a sinto assim há muitos dias mas é sempre uma festa..

Naquele momento estava tão entusiasmada que até me apeteceu meter-me com o segurança que estava perto e convida-lo a sentir o fogo de artifício que reinava dentro da minha barriga..

29 de outubro de 2014

23 de outubro de 2014

6 Meses

… a andar nas nuvens, a abraçar o desconhecido, a dar as boas vindas às ansiedades típicas de uma mãe de primeira viagem, a alimentar sonhos, a fazer planos e a sorrir de forma MUITO palerma!

Seis meses de momentos pequeninos e valiosos onde toco a plenitude com a ponta dos meus dedos.

22 de outubro de 2014

A Idade dos Porquês #2

Porque é que numa madrugada de insónia o sono chega no exacto momento em que toca o despertador?

20 de outubro de 2014

Sonho

À medida que a gravidez avança, volta e meia aparecem as inseguranças e a pergunta que penso "atormenta" qualquer mulher que espera um bebé: Será que vou ser uma boa mãe? 


Ontem tive um sonho tão cómico que não resisto em partilhar.
Tinha nos braços um bebé do qual cuidei em pequeno e que hoje é um matulão de 14 anos!

Com ele nos braços pensava na pergunta e ele, com meses, respondia:

"Não te preocupes, vieste de uma fábrica de mães muito boa!!"

13 de outubro de 2014

Acreditar

Parte do meu trabalho passa por acreditar.
Acreditar que posso fazer alguma diferença na vida das pessoas, por mínima que seja! Mas tenho dias em que por mais que me esforce, não há "magia" que me valha e sinto-me “Psicóloga Coração nas Mãos”!



Recentemente, entre outras coisas, envolvi-me num projecto sobre Direitos Humanos.
Hoje estive toda a manhã numa escola a dinamizar sessões para 83 alunos e tinha apenas 45 minutos com cada turma para sensibilizar os jovens para este tema.
Não era numa escola de elite, antes pelo contrário. Era uma escola mergulhada no meio de um bairro social e com um contexto tudo menos favorável.

No final da sessão vários jovens classificaram a sessão como “Inspiradora” e dez deles inscreveram-se num projecto de voluntariado que promove os Direitos Humanos numa escola rural em Moçambique.

Sempre fui de ver o copo meio cheio por isso acredito que se em 83 jovens eu tivesse tocado apenas um, a minha ida à escola já teria valido a pena. 
Hoje o copo transbordou. Saí de rastos mas com a alma cheia.

Valeu a pena o esforço dos últimos dias de preparação para encontrar a imagem UAU, o vídeo que deixa de boca aberta, a dinâmica mais certeira e a palavra chave que os moveu a acreditarem que inútil não é nunca a última palavra.

Brandon J Wright

8 de outubro de 2014

Pela boca morre o peixe...

Sou de afectos mas nunca fui lamechas estilo cutxi-cutxi
Eu sei que as pessoas perdidas de amor fazem coisas parvas, muito parvas. Dizem frases pirosas, suspiram o tempo todo, estão sempre a falar na mesma coisa e têm sempre sorrisos colgate no rosto. 
Nunca fui assim mas agora..... ai agora é que são elas!

Fiz há dois dias a ecografia morfológica onde vi cada centímetro da minha bebé.
Entre outras coisas, contei-lhe os dedos, vi-lhe os rins, vi-a a chuchar no dedo e a fazer poses como se soubesse que a estávamos a ver.
Três das imagens ficaram tão nítidas que creio que seria capaz de a reconhecer num berçário e dizer: “É esta a minha filha!”

Resultado, há dois dias que estou insuportável ao estilo cutxi-cutxi!
Babo o tempo todo perante as imagens e dou-lhes beijinhos! 
Falo com aquele tom de voz irritante das pessoas estupidamente apaixonadas!
Repito vezes sem conta para quem queira ouvir: "Não é linda?", "Ai é tão fofa" ou "Oh minha rica filha!"

Nos momentos de lucidez digo a mim mesma: "Tem calma! Isto é normal, isto é lindo e é maternal"

Depois assusto-me e pergunto: "Mas onde é que isto vai parar?"