28 de dezembro de 2014

Prendas "Só porque...."

Nunca gostei de prendas por obrigação. Não gosto de as dar e não gosto de as receber. 
Não me faz sentido o "só porque sim natalício";
Não me faz sentido o "mas é dia dos namorados":
Não me faz sentido "só porque é dia da mãe", "só porque é dia do pai";

Recentemente tenho recebido lembranças cheias de carinho e bem-querer e agradeço-as de coração... mas também há as prendas do "só porque vais ter um bebé"  e nessas também não consigo encontrar sentido..

Depois há as prendas inesperadas, e essas sim, enchem-me sempre as medidas. Das que recordo com mais carinho:

A minha pulseirinha de bebé que recebi no dia em que fiz 20 anos; uma relíquia guardada e oferecida pela minha tia;
Uma caixa de lichias que me chegou à caixa de correio quando vivia longe; surpresa do meu pai;
Os meus gatos de regresso após a lua de mel; uma doideira do meu marido que fez 700 km  num dia só para os ir buscar. 

Recentemente recebi outro presente carregadinho de emoção.
Tem 36 anos e foi a minha mantinha de bebé. 
Reconhecia-a apenas das fotografias e quando a vi nem queria acreditar. Outra das tias guardou-a e está como nova. Fofa, macia, com cheirinho a memórias passadas e já a aguardar por ti Conchinha... 


26 de dezembro de 2014

Este blog tem estado uma vergonha...

... cheio de pó e ervas daninhas!
Quando olho para a data do último post fico de queixo caído porque parece que ainda ontem aqui estive. Parece também que nada aconteceu desde o dia 3 e a verdade é que o mês tem sido rico em tudo! Vai daí que aqui fica um pequeno resumo dos últimos tempos....

Ciclos
Terminei dia 9 o projecto dos Direitos Humanos. 
Feita a 'contabilidade' foram 1266 alunos em dois meses! Uau! Não há-de a Hortelã sentir-se murcha (leia-se, cansada).
Se valeu a pena? Oh se valeu!
Confesso que me apaixonei por esta temática e que voltei a sentir a riqueza maior que é abrir os horizontes de alguém.







O Maior Presente
É mesmo o Agora!

Na conclusão da formação em Master de Programação Neurolinguística tive que modelar uma característica de alguém que admirava e sobre a qual queria aprender mais para a poder aplicar na minha vida.
A modelagem é um processo chave na Programação Neurolinguística e passa por analisar (por meio de uma série de técnicas específicas) o comportamento de alguém de forma a conseguir replicar uma característica/capacidade. 

Eu ao tempo que ando a tentar aprender a focar-me no momento presente e viver o agora, mas irra que é difícil!

Por isso escolhi modelar um Mestre Budista para ver se, entre outras coisas, aprendia a dizer AUM sem parecer (e me sentir) uma totó!

O mestre é português mas já correu mundo e estudou com o Dalai Lama. 
Recebeu-me na casa dele e estivemos várias horas (que me pareceram minutos) à conversa.
Que viagem! A conversa com ele foi fabulosa. Era ouvi-lo e babar por mais. Que doçura, que paz e que visão encantadora da vida.
Explorei técnicas, outros tipos de meditação e agora é continuar neste treino diário para não permitir que nada (ou quase nada) perturbe a minha paz..


Retiro
Depois do encontro com o Mestre Budista fui de novo para o Silêncio... não estava planeado uma coisa ser a seguir à outra mas calhou mesmo bem. Foi mais uma daquelas sincronicidades fantásticas que acontecem na vida.
Já é o 4º retiro que faço e continuo a recomendar a experiência. Desta vez vivi-a com outra intensidade. Nestes retiros o silêncio impera e costumo ir carregada com livros, bloco de notas, canetas e mandalas para pintar. 
Desligo telemóvel, não há TV, computador, nada que me ligue ao mundo cá fora. 
O plano é mesmo ficar a sós com o mundo interior e foi isso que fiz, e desta vez foi mais à séria. Talvez por ter estado recentemente com o Mestre, apesar de ter levado os livros, o bloco, as mandalas.... acabei por usá-los pouco ou nada.
Tentei, e por momentos consegui, apenas estar ali. Vivi sem distracções, apenas mergulhada no que estava a acontecer no momento. 
Tinha planos para terminar dois livros e não o fiz. 
Tinha planos para tirar imensas fotografias daquele local fantástico e não o fiz.
Tinha planos para pintar as mandalas novas que imprimi antes de sair de casa e não o fiz. 
Tinha mil questões para reflectir com o orientador (a única pessoa com quem falamos no retiro e, neste caso, alguém que já orientou 2 dos outros retiros que fiz e alguém que eu admiro imenso), e acabei por não falar com ele uma única vez que fosse. 
Tinha planos para ir caminhar perto da praia (é um retiro, não é uma prisão!) e não o fiz.
Tinha planos para dormir muito e não o fiz.
Noutra altura teria ficado aborrecida, como que defraudada comigo mesma por não ter conseguido concretizar os planos que levava na mala.
Em vez disso fiquei feliz com esta proeza que é viver sem a preocupação de ter que desfrutar das coisas, sem o stress de ter que aproveitar, de ter que fazer.... 
Perdi o foco nos resultados e vi a inutilidade das obrigações que impomos a nós mesmos, mesmo em tempos de descanso. 
Creio que também por isso o Blog ficou um pouco ao abandono estas semanas. 
Volta e meia pensava "Tenho que ir ao Blog".... mas acabei por nunca vir porque pura e simplesmente, nesses momentos, não me apetecia escrever. 
Saí deste retiro com a consciência mais plena de que a vida nunca está disponível senão no momento presente. MESMO. 


Conchinha

Não sei porque me refiro à minha bebé com este nome mas acontece desde que soube que aí vinha uma menina. Possivelmente será devido à minha forte ligação ao Mar ... deve ser!

Ora a Conchinha está óptima. Já pesa 1,966 gramas e é farta na cabeleira! É incrível como nem este pormenor escapa nas ecografias!
E nesse momento se foi a imagem do meu bebé imaginário!! 
Até ao momento idealizava uma carequinha mas, considerando o que vi na eco, e pensando que ainda faltam cerca de dois meses para ela nascer, creio que vem lá uma juba de leoa  que, tal como a mãezinha dela dirá muitas vezes:

3 de dezembro de 2014

Barrigas

Sempre achei o desenho infantil das coisas mais deliciosas da infância.
No projecto onde estou, as turmas do 1º ciclo brindaram-nos com verdadeiras obras de arte e adorei que a minha barriga não fosse esquecida!
Ei-la em diferentes versões!

Barriguda, cabeçuda ou mamalhuda? 

Barriga geométrica! 




2 de dezembro de 2014

O lado B da gravidez

É fácil e bonito falar dos pontapés, das botas fofinhas, do berço tamanho xs e do cheirinho a pó de talco. A gravidez é isto sim! Uma fase incrivelmente mágica! Mas do outro lado existe uma melodia mais estridente, pouco ou nada mágica, incrivelmente chata e até ameaçadora.
É difícil e pouco elegante falar dela mas existe. 
A lista pode ser curta mas lá que aborrece… aborrece!

Dificuldades Respiratórias
Diz que a pequena já começa a ocupar muito espaço e que comprime as miudezas! A minha é ainda mais requintada pois já deu meia volta e ficou com o rabo “entalado” nas minhas costelas.

Incontinência urinária
Rir, espirrar, tossir… agora só com muita concentração!

Prisão de ventre
Qual Sócrates qual quê! Esta prisão é que é mesmo tramada!

Flatulência
Esta palavra chique implica inchaço, cólicas, rigidez, muito desconforto e dores! 
Ao que parece neste trimestre o útero ganha um ego gigante e ocupa tudo feito ditador. Resultado: mais pressão sobre os intestinos e uma digestão lenta lenta que facilita a correnteza de ar!

Hemorróidas
Pronto, já disse. Coisa feia e chatinha e pouco mais há a acrescentar!

Insónias
Allô mundo.. há alguém acordado às 2, 3, 4, e 5 da manhã??