Nunca gostei de prendas por obrigação. Não gosto de as dar e não gosto de as receber.
Não me faz sentido o "só porque sim natalício";
Não me faz sentido o "mas é dia dos namorados":
Não me faz sentido "só porque é dia da mãe", "só porque é dia do pai";
Recentemente tenho recebido lembranças cheias de carinho e bem-querer e agradeço-as de coração... mas também há as prendas do "só porque vais ter um bebé" e nessas também não consigo encontrar sentido..
Depois há as prendas inesperadas, e essas sim, enchem-me sempre as medidas. Das que recordo com mais carinho:
A minha pulseirinha de bebé que recebi no dia em que fiz 20 anos; uma relíquia guardada e oferecida pela minha tia;
Uma caixa de lichias que me chegou à caixa de correio quando vivia longe; surpresa do meu pai;
Os meus gatos de regresso após a lua de mel; uma doideira do meu marido que fez 700 km num dia só para os ir buscar.
Recentemente recebi outro presente carregadinho de emoção.
Tem 36 anos e foi a minha mantinha de bebé.
Reconhecia-a apenas das fotografias e quando a vi nem queria acreditar. Outra das tias guardou-a e está como nova. Fofa, macia, com cheirinho a memórias passadas e já a aguardar por ti Conchinha...
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