26 de dezembro de 2014

Este blog tem estado uma vergonha...

... cheio de pó e ervas daninhas!
Quando olho para a data do último post fico de queixo caído porque parece que ainda ontem aqui estive. Parece também que nada aconteceu desde o dia 3 e a verdade é que o mês tem sido rico em tudo! Vai daí que aqui fica um pequeno resumo dos últimos tempos....

Ciclos
Terminei dia 9 o projecto dos Direitos Humanos. 
Feita a 'contabilidade' foram 1266 alunos em dois meses! Uau! Não há-de a Hortelã sentir-se murcha (leia-se, cansada).
Se valeu a pena? Oh se valeu!
Confesso que me apaixonei por esta temática e que voltei a sentir a riqueza maior que é abrir os horizontes de alguém.







O Maior Presente
É mesmo o Agora!

Na conclusão da formação em Master de Programação Neurolinguística tive que modelar uma característica de alguém que admirava e sobre a qual queria aprender mais para a poder aplicar na minha vida.
A modelagem é um processo chave na Programação Neurolinguística e passa por analisar (por meio de uma série de técnicas específicas) o comportamento de alguém de forma a conseguir replicar uma característica/capacidade. 

Eu ao tempo que ando a tentar aprender a focar-me no momento presente e viver o agora, mas irra que é difícil!

Por isso escolhi modelar um Mestre Budista para ver se, entre outras coisas, aprendia a dizer AUM sem parecer (e me sentir) uma totó!

O mestre é português mas já correu mundo e estudou com o Dalai Lama. 
Recebeu-me na casa dele e estivemos várias horas (que me pareceram minutos) à conversa.
Que viagem! A conversa com ele foi fabulosa. Era ouvi-lo e babar por mais. Que doçura, que paz e que visão encantadora da vida.
Explorei técnicas, outros tipos de meditação e agora é continuar neste treino diário para não permitir que nada (ou quase nada) perturbe a minha paz..


Retiro
Depois do encontro com o Mestre Budista fui de novo para o Silêncio... não estava planeado uma coisa ser a seguir à outra mas calhou mesmo bem. Foi mais uma daquelas sincronicidades fantásticas que acontecem na vida.
Já é o 4º retiro que faço e continuo a recomendar a experiência. Desta vez vivi-a com outra intensidade. Nestes retiros o silêncio impera e costumo ir carregada com livros, bloco de notas, canetas e mandalas para pintar. 
Desligo telemóvel, não há TV, computador, nada que me ligue ao mundo cá fora. 
O plano é mesmo ficar a sós com o mundo interior e foi isso que fiz, e desta vez foi mais à séria. Talvez por ter estado recentemente com o Mestre, apesar de ter levado os livros, o bloco, as mandalas.... acabei por usá-los pouco ou nada.
Tentei, e por momentos consegui, apenas estar ali. Vivi sem distracções, apenas mergulhada no que estava a acontecer no momento. 
Tinha planos para terminar dois livros e não o fiz. 
Tinha planos para tirar imensas fotografias daquele local fantástico e não o fiz.
Tinha planos para pintar as mandalas novas que imprimi antes de sair de casa e não o fiz. 
Tinha mil questões para reflectir com o orientador (a única pessoa com quem falamos no retiro e, neste caso, alguém que já orientou 2 dos outros retiros que fiz e alguém que eu admiro imenso), e acabei por não falar com ele uma única vez que fosse. 
Tinha planos para ir caminhar perto da praia (é um retiro, não é uma prisão!) e não o fiz.
Tinha planos para dormir muito e não o fiz.
Noutra altura teria ficado aborrecida, como que defraudada comigo mesma por não ter conseguido concretizar os planos que levava na mala.
Em vez disso fiquei feliz com esta proeza que é viver sem a preocupação de ter que desfrutar das coisas, sem o stress de ter que aproveitar, de ter que fazer.... 
Perdi o foco nos resultados e vi a inutilidade das obrigações que impomos a nós mesmos, mesmo em tempos de descanso. 
Creio que também por isso o Blog ficou um pouco ao abandono estas semanas. 
Volta e meia pensava "Tenho que ir ao Blog".... mas acabei por nunca vir porque pura e simplesmente, nesses momentos, não me apetecia escrever. 
Saí deste retiro com a consciência mais plena de que a vida nunca está disponível senão no momento presente. MESMO. 


Conchinha

Não sei porque me refiro à minha bebé com este nome mas acontece desde que soube que aí vinha uma menina. Possivelmente será devido à minha forte ligação ao Mar ... deve ser!

Ora a Conchinha está óptima. Já pesa 1,966 gramas e é farta na cabeleira! É incrível como nem este pormenor escapa nas ecografias!
E nesse momento se foi a imagem do meu bebé imaginário!! 
Até ao momento idealizava uma carequinha mas, considerando o que vi na eco, e pensando que ainda faltam cerca de dois meses para ela nascer, creio que vem lá uma juba de leoa  que, tal como a mãezinha dela dirá muitas vezes:

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