27 de junho de 2015

Cura

Têm sido tantas as descobertas... 
Tão profundas, tão cheias de Amor...
Por mim. Por ela.... 


7 de junho de 2015

Desejos


"Que a nossa semana comece cheia de boas energias, pensamentos e vibrações. Que a gente tenha paz ao final de cada dia, tranquilidade para raciocinar nos momentos mais turbulentos e serenidade para tomar decisões. Que saibamos enxergar o lado mais leve e positivo das coisas. E que tenhamos a força necessária para dar um passo de cada vez..."

Clarissa Corrêa


26 de maio de 2015

Dúvida

Amanhã tenho duas reuniões. Para uma delas deveria levar algum trabalho feito.
Não o fiz e vou 'falhar' este compromisso porque nos últimos dias não me esfolei para cumprir este prazo.
Não o fiz porque respeitei a minha nova condição de Mãe e aceitei que não sou a super mulher..
Noutra altura seria impensável isto acontecer e eu estaria consumida pela culpa e teria pela frente uma noitada frenética que faria com que o trabalho ficasse feito mas que me daria zero prazer..
Mas hoje sinto-me tranquila e em paz. Não fiz porque não consegui. Paciência...
Sei que amanhã vou 'de mãos a abanar' mas com genica de sobra para compensar o que estes dias não permitiram fazer.
E que nome tem isto? Irresponsabilidade ou serenidade?

11 de maio de 2015

No último mês..

Não me apeteceu escrever.
Deixei de beber leite.
Desencantei-me com a blogosfera.
Pensei terminar o blog.
Aprendi que o coração não precisa de lógica.
Voltei a ler à noite antes de adormecer.
Perdi peso.
Tive medo do futuro.
Deixei de ver telejornais.
Fiz uma limpeza no correio electrónico e apaguei 589 e-mails.
Vi a minha filha crescer 5 centímetros.
Perdoei pessoas.
Meditei à beira-mar.
Passei à semifinal do Acredita Portugal.
Todos os dias cheirei a minha filha.
Dei uma entrevista sobre o meu trabalho com Direitos Humanos.
Comi caracóis.
Percebi que a letra do “Let it Go” do Frozen podia ter sido escrita para mim.
Vivi o meu primeiro dia da Mãe.
Voltei a trabalhar.
Inventei uma pizza sem farinha.
Renovei a minha fé.

Oh coisa boa que é viver!

6 de abril de 2015

Sinais dos Tempos

Ontem
"Tenho que ir ao sótão buscar as havaianas..!"
Hoje
"Onde é que temos guardado o guarda-chuva?"

2 de abril de 2015

Bebés bons, bebés maus, bebés assim assim

Há dias falava com outra recém mamã que fica pasmada (e eu também) quando as pessoas perguntam se a filha "é boazinha"; "se a deixa dormir"; "se a trata bem"...

Senhoras e senhores.. a filha desta mamã tem quatro meses. 
A minha tem dois..
Não são boas nem más. São bebés! 

A minha filha chora quando tem fome, mostra desconforto quando tem a fralda suja, não gosta quando a dispo ou visto e chora desalmadamente quando tem cólicas.. 
Tenho 36 anos e segundo consta fui uma bebé muito difícil. Pelo que me contam comer e dormir eram coisas pouco interessantes para mim e do que eu gostava mesmo era de chorar. Chorar muito. 

Ora pela lógica, e na visão das pessoas que fazem perguntas como descrevi em cima, eu era uma bebé má, não deixava os meus pais dormirem e claramente maltratava-os com o meu choro desmedido.

Toda a minha vida ouvi coisas como "um dia quando fores mãe é que vais ver", "oxalá um filho teu não seja como tu eras", etc, etc etc..

Senhora e senhores, não há bebés bons, bebés maus ou bebés assim-assim. 
Há bebés. Ponto. E os bebés choram, reclamam nessa linguagem universal que é o choro e que é a única que, durante uns bons meses, eles conhecem.

Eu chorava. Muito. 
Seguramente tinha as minhas razões e estas iam além de cócós e estômago vazio.
Os meus pais deram o seu melhor com os recursos que tinham. 
Isso chegou para eu ser uma bebé mais serena? Não.
Devem eles sentir-se culpados? Jamais.
Devo eu carregar a culpa de, segundo consta, os ter massacrado até aos meus cinco anos? Nunca.

Na minha viagem, ainda pequena, pelo mundo da maternidade chego a uma conclusão: os bebés são como os clientes... têm sempre razão!  

27 de março de 2015

Mãe Astronauta

Desde que nasceste (já antes) que falo muito contigo.
Às vezes é conversa da treta e completamente despropositada estilo “Lembra a mãe que amanhã é dia de pagar a água” ou “Achas que ponha mais pimenta no lombo ou está bom assim?”
Outras vezes a conversa acontece quando estás no banho e vendo-te tão deliciada eu pergunto-te: “Doce filha.. onde escondeste a tua cauda de sereia?”
São conversas tolas mas dão-me um gozo imenso pois são momentos em que te envolvo totalmente naquilo que são as nossas vidas.
Há dias, numa dessas “conversas”, tu ofereceste-me o teu primeiro sorriso! 
Um sorriso aberto e de olhos muito iluminados.

Também no meu rosto apareceu um sorriso enorme de fazer doer a bochecha. 
Desde esse dia que sorris e nesses momentos sinto-me a levitar como se não existisse nenhuma gravidade e fico com o meu coração a bater à porta das estrelas.. 


26 de março de 2015

Mangas e Couves-de-Bruxelas

​Por agora parou a meditação da querida Oprah e do sábio Deepak.
A determinada altura, o que era suposto ser um momento sereno, íntimo e revelador.. estava a tornar-se inquietante.
Imaginem que vão comer uma manga e quando dão a primeira trincadela o sabor é a couve de bruxelas...!
Às tantas foi isto que começou a acontecer nesta meditação.

​Em tempos ​eu insistiria (certa de que estaria a fazer algo errado).. mas desta vez respirei fundo fundo e procurei perceber o porquê da experiência não estar a resultar.
Ontem percebi.


Esta meditação é orientada e tem um objetivo muito específico. Mais do que isso, há uma palavra chave que orienta a meditação. A palavra é sucesso.
Ora aqui é que está a questão.
Se há coisa que a formação em PNL me ensinou é que
​tem de haver ecologia nas nossas escolhas, ações, propósitos.​ Se algo não nos é ecológico.. não resulta. 
Não aprecio a palavra sucesso. Não me faz sentido.
Sabe-me a couve de bruxelas.
Falem-me em prosperidade e eu sinto o doce paladar de uma manga madura.


22 de março de 2015

Eu e Ele

Eu - Ouviste o discurso da ministra das finanças?
Ele - Não...
Eu - Diz que os cofres do estado estão cheios!
Ele - De quê?!........ Ar???

20 de março de 2015

Coisas Giras da Maternidade

Levar a filha na alcofa para a casa-de-banho enquanto arrisca tomar um duche rápido..
Tomar banho em menos de um minuto..
Sair da banheira e, ainda nua, pegar na filha que começou a chorar desalmadamente (mesmo!)..
Consolá-la enquanto se senta no tampo da sanita (ainda nua!) e ao mesmo tempo tenta enxugar-se com a tolha…
Quando ela acalma, rir sozinha que nem uma doidinha e logo a seguir (a vestir-me) serenar e achar tudo isto muito muito normal!

Meditação: Day Three

O Mantra: Har Haray Haree (Forças criativas fluem através de mim)
"Tudo o que desejas criar, já está na palma da tua mão"

17 de março de 2015

Meditação: Day Two

O mantra para hoje: Aham Prema (Eu Sou o Amor)
O recado...

"Volto a recordar-te que tudo é Amor e que ele nunca falha. 
Quando estiveres na encruzilhada pergunta-te: O que faria o Amor agora?"


Dizem...

.. os estilistas Dolce e Gabbana que "crianças concebidas através de fertilização in vitro são “sintéticas”. 

Ele há gente mesmo palerma!

Meditação: Day One

Descobri a meditação em 2009. 
É uma prática desafiante mas que nunca mais consegui largar. 
Hoje, e seguindo um desafio online lançado pela Oprah e pelo Deepak Chopra, comecei o desafio dos 21 dias de meditação.
Desenganem-se se pensam que quando se medita se atinge sempre a transcendência. Desde 2009 só consegui UMA vez, entrar num estado parecido. De resto, pelo menos comigo, as mensagens são, por norma, bastante simples. 
O mantra sugerido era poderoso: Sheevo Hum (Eu Sou o infinito....) e da meditação de hoje ficou o seguinte recado à minha Identidade: 

"Recorda-te que nestas coisas de fazer profundas mudanças, há que caminhar lentamente. 
Da mesma forma que não deves apressar a correnteza de um rio, não é sensato quereres comer um cozido à portuguesa quando o teu estômago tem andando a papinhas cerelac.."


15 de março de 2015

Desconfio...

.. que o gajo que inventou as cólicas dos bebés deve ser o mesmo que inventou a celulite!... e as filas nas finanças...! 
Parvalhão!!

Tinhas quase um dia de vida..

.. quando me apaixonei perdidamente por ti!
Há mães que descrevem que no segundo que olham para os seus bebés sentem um amor desmedido.. outras há que só muito mais tarde experiementam o amor maternal.
Eu já te amava muito antes de nasceres, mas o nosso despertar aconteceu na manhã de dia 30.
Estavas no meu colo, a mamar, e os nossos olhares ficaram fixos uma na outra.
Olhaste-me tão profundamente que senti que as nossas almas, naquele momento, deram permissão uma à outra para se instalarem eternamente nos nossos corações.
Nesse momento ouvi ecoar cá dentro: “Sou mãe.. largaria tudo por ti. Quero-te para todo sempre!”
Até esse momento sentia que já eras minha mas numa relação ainda tímida e envergonhada. Naquele momento reconhecemo-nos e reencontrámo-nos. Entre mil bebés eu saberia encontrar-te a ti, minha filha. E senti que tu, entre mil mães, saberias encontrar-me de igual modo.
Quando terminaste de mamar, coloquei-te no meio do meu peito e ali ficámos, aninhadas uma na outra a experienciar o que a mãe, por “defeito” de formação, já tinha lido em muitos muito livros.

Nesse momento outra música surgiu na minha cabeça e uma nova melodia marcou a nossa história.. 


1 de março de 2015

Vinte e Nove

Não existe dia para festejarmos o teu primeiro mês de vida. Seria uma data importante mas se há coisa que a mãe aprendeu no último mês, é que contigo no mundo todos os momentos são bênçãos e cada segundo é uma celebração.

Vou falar-te do dia em que nasceste.
Foi na madrugada do dia 29 de Janeiro; duas semanas mais cedo do que o previsto. Numa das últimas consultas de rotina, a médica anunciou que a viagem de regresso não seria para casa e que teríamos como destino a maternidade.. O corpo da mãe já estava pronto e tu querias nascer! Os pais saíram do consultório de mãos dadas e com risos tolos de nervoso miudinho ..

Nas horas que antecederam a tua chegada ao mundo, a mãe experimentou um mundo de emoções.

A dilatação correu lindamente mas uma reação totalmente inesperada à anestesia epidural fez com que a mãe ficasse muito mal disposta e sem forças para te ajudar a nascer.
Não te posso mentir filha, foram momentos muito angustiantes e tensos. Senti uma tremenda responsabilidade e brutal impotência. Tu, querida filha, precisavas de nascer e a mãe sentiu em cada milímetro da alma que não estava a conseguir ajudar-te.
Senti-me encurralada, aflita e triste...

A sala de partos ficou cheia de gente e o papá esteve sempre do meu lado a encorajar-me. O tempo foi passado, a mãe não melhorava e sentia-se cada vez pior. O oxigénio não ajudou e foi preciso um empurrão com um medicamento especial que reverteu o efeito da epidural. Quase de imediato a mãe ganhou forças e começou a sentir, literalmente, a tua cabecinha a querer sair. A mãe fez força, muita força… e pouco depois estavas cá fora.... pequenina e enroladinha como se ainda estivesses dentro da minha barriga....
Médicos e enfermeiras cuidaram de ti. Perguntei ao pai: “Estás a vê-la?”.. e a tranquilidade no sorriso dele foi o sim silencioso mais importante da minha vida.

Quando vieste para o meu colo seguiste o som da minha voz, olhaste-me nos olhos e cheiraste-me como se quisesses certificar-te que a mãe que te acolheu no ventre durante 9 meses, era a mesma em cujo peito agora repousavas.
É bem verdade que é um momento que o coração jamais esquece. Naquele bocadinho o mundo parou, e eu percebi que uma mãe vai sempre pedir ao tempo para que corra muito muito devagarinho.

Os momentos que se seguiram foram muito dolorosos para mim. Tu foste com o pai para o berçário e a mãe, já sem epidural, passou pelo resto do processo do trabalho parto onde a médica fez por pôr no lugar todos pedacinhos que se quebraram com a tua chegada.
A mãe sempre ouviu dizer que quando vos temos nos braços todas as dores se esquecem. Creio que não é verdade.. as dores não se esquecem, ganham é um sentido que é impossível de superar. O que te quero dizer é que foram dores terrivelmente penosas, mas que se eram elas a condição para tu fazeres parte da minha vida, a minha escolha seria vivê-las todinhas outra vez.

Quando me levaram para o quarto, o pai e tu já iam comigo.
Com a ajuda de uma enfermeira, pusemos-te a mamar! Pegaste com força e ali ficaste durante hora e meia, com a mãe a contemplar-te ainda meio incrédula com o facto de há umas horas estares na minha barriga, e num instante já estares nos meus braços.
Quando a enfermeira saiu ficámos os três sozinhos pela primeira vez. Outro momento único e que fica gravado na alma.
Os pais não conseguiram falar. Conseguiram só olhar bem fundo nos olhos um do outro, deram uma turrinha, olharam para ti e deixaram que as lágrimas corressem cara abaixo.
Ali estavas tu, saudável, perfeitinha, linda e acabadinha de chegar às nossas vidas. A mãe balbuciou baixinho: “A nossa menina!”.

Abraçámo-nos em trio e ali ficámos em suspenso num tempo eterno que não há relógio nenhum no mundo que seja capaz de marcar..
Nas horas seguintes dessa madrugada tu dormiste serenamente ao meu lado e o pai, também exausto, entregou-se a um sono profundo no sofá.

A mãe ficou acordada durante muito tempo, absorvida numa salada de fruta de emoções.
Por um lado, havia o sabor doce e único por tu teres nascido. Por outro, havia também um travo amargo de desilusão. Não contigo que eras maravilhosa…… mas com a recordação dos momentos angustiantes do parto…. senti que talvez tivesse falhado na maior missão da minha vida.

Acabei por adormecer no meio destas emoções contraditórias e foi então que me aconteceu algo mágico, muito muito mágico.
Alguns irão ler e rir-se-ão, outros acharão o episódio engraçado, outros há que, como eu, sentirão que nesta vida todos somos abençoados e que há mensagens que ultrapassam a nossa dimensão de humanos racionais e terrenos.

A mãe teve um sonho onde recebia no quarto da maternidade a visita da Virgem Maria. Ela vinha banhada de luz e, com uma ternura imensa, pegou no meu rosto com as duas mãos. As mãos dela eram brancas quase da cor do leite e eram tão suaves e macias que pareciam seda.
Ela inclinou-se e soprou-me uma melodia ao ouvido..
A música era o “Let it Be” dos Beatles.
O carinho na voz dela não o consigo sequer descrever... era totalmente divino e cheio de Amor. 
Despertei deste sonho com leveza no coração e a mensagem que me ficou gravada na alma trouxe-me paz.
Não importa o que se passou.. Let it be….
Fizeste o melhor que podias com os recursos que tinhas… Let it be….

Naquele momento reflecti que o meu parto, foi apenas a primeira de muitas vezes em que, como mãe, vou sentir que estou falhar. Nesses momentos conto lembrar-me deste conselho sábio e encontrar conforto nesta melodia…

27 de janeiro de 2015

Noites e Manhãs

Uma almofada para aconchegar a barriga; 
Uma almofada entre as pernas; 
Uma almofada também para as costas (às vezes duas!);  
Mais uma de reserva para quando de madrugada passar à posição de dormir sentada! 

Assim são as noites de uma grávida no último mês... 
Já as manhãs... são uma animação para sairmos da cama!

Porque é que os pais "grávidos" chegam atrasados ao emprego!

25 de janeiro de 2015

Chá de Bebé

Quando a minha querida amiga D., brasileirinha de gema, me perguntou quando seria o meu Chá de Bebé, eu franzi o sobrolho e perguntei: "O que é isso?!?"
Sou desligada destas tradições e disse-lhe que não ia fazer nada disso. Ela ficou tão desgostosa que se ofereceu logo para organizar tudo. Insisti que não ligava a essas coisas mas ela não descansou e tanto insistiu que me venceu pelo cansaço. Dei-lhe luz verde e ela arrancou a toda a velocidade!!
O Chá de Bebé foi hoje e confesso que não tinha grande expectativa pois não fazia a mínima ideia do que iria acontecer. Pensei tratar-se de mais uma daquelas festas onde impera o consumismo e pouco mais. Quão enganada eu estava!!
Tudo foi uma agradável surpresa! Diverti-me imenso e sobretudo senti que tudo foi feito com um carinho incrível. É impossível a minha bebé não ter sentido o imenso Amor que estava concentrado naquela casa!
Valeu querida D. ... És mesmo a minha Super Poderosa!

Bolo de Fraldas!

Botinhas feitas à mão com umas valentes delícias lá dentro!

As viagens culturais que a Conchinha já fez...

Já começou na barriga da mãe e os pais têm planos para continuar quando ela estiver cá fora. Mais do que brinquedos que depois ficam arrumados a um canto, contamos proporcionar-lhe muitos momentos destes...
Aliás, parte destas viagens que ela já fez traduzem as prendas de Natal que este ano demos aos mais pequenos!







23 de janeiro de 2015

O Grande Dia...

... aproxima-se a passos largos e o top três das frases que mais tenho ouvido é:

1º - Está quase!
2º - Há novidades?
3º - Estás com medo do parto?

Bom... está quase, é certo... quando houver novidades, saberão.... e quanto à terceira... bom, digamos que passar uma abóbora por um buraco do tamanho de pevide não me mete medinho nenhum!! Ah ah ah!

Hoje nas aulas de preparação do parto lá estivemos em cima das bolas de pilates a treinar respirações e depois nos colchões a aprender a fazer força! 
Gosto muito da Enfermeira que nos orienta pois é terra-a-terra e diz as coisas como elas são.
Se estou ansiosa com o parto?... Sim... estou ansiosa por ter a minha filha nos braços! 
Se tenho medo?... Eu confio! Porque se é certo que o parto dói, também é certo que as mulheres o fazem há muitos milhares de anos verdade?
Aconselho todas as futuras mães a fazerem orelhas moucas às histórias trágicas de faca e alguidar que insistem em nos contar neste tempo de espera! 





O filme não está traduzido mas este é mesmo o caso em que as imagens valem mais que mil palavras. São partos mundo fora... no deserto, na Amazónia, com esquimós, dentro de água, em situações desumanas como na Coreia, partos hippies, parto com golfinhos, etc, etc, etc.
Todos eles com uma única coisa em comum (e não.. não é a dor!) é mesmo a magia de trazer ao mundo uma vida novinha em folha....

21 de janeiro de 2015

19 de janeiro de 2015

Cheiro e Toque

Há uns meses atrás as maravilhas da tecnologia permitiram que vislumbrasse traços do teu rosto quando ainda nem tinhas meio quilo.
Hoje fizemos a última ecografia e só deixaste que te visse uma orelha...
Têm-me perguntado se penso muito no teu rosto, em como és ou com quem serás parecida.
A verdade é que não tenho pensado nisso..
O que penso é que já és 2869 gr. de bebé e pouco falta para relembrar o teu cheiro e para recordar o teu toque..

Almofadas e Mimos

Ontem à noite...

Eu - "Estou outra vez aflita das costelas! Vou ter que dormir sentada.."
Ele - "Eu ajeito-te as almofadas!"
Eu (num tom envergonhado) - "Nesta posição sou capaz de ressonar!"
Ele (num tom delicioso) - "Não faz mal! Isso até é música para os meus ouvidos!"



18 de janeiro de 2015

Emoções Fortes Fortes

Conchinha, aquele gel frio e aqueles cintos esquisitos que puseram hoje na barriga da mãe serviram para saber de ti. O teu ritmo cardíaco está bom e já se registam algumas contracções. 
Acolheu-nos uma enfermeira de nome Vitória que aproveitou e nos mostrou todos os recantos da maternidade onde vais nascer.
Os papás saíram de coração aliviado mas com recomendações de descanso e atenção aos sinais de parto. Ainda é um pouco cedo mas, ao que parece, podes vir ao mundo a qualquer momento....
Chegados a casa, a mãe seguiu à risca o conselho da enfermeira e aventurou-se numa valente sesta. Dormiu profundamente e, melhor do que isso, sonhou contigo!

Eu e o papá estávamos num jantar com amigos quando a mãe sentiu a tua mão a empurrar a barriga. Com serenidade e um sorriso disse ao pai: 'A nossa filha quer nascer!'
Num passe de mágica já estávamos na maternidade. 
Noutro passe de mágica já estavas cá fora.. 
Pequenina, de lábios grossos e com cabelo farto e tão tão macio. 
Vestiram-te com a roupa que os papás escolheram para ti e vieste para o colo da mãe!
Afaguei-te o cabelo e cheirei-te. Falei contigo e chamei-te 'a minha rica menina'. Pegava-te sem medo e com delicadeza, como se ter-te no regaço fosse a coisa mais natural deste mundo...

Creio que estou pronta querida.
E tu?


15 de janeiro de 2015

Melodia

... esta não me sai da cabeça!
Conchinha, estarás para chegar........ subitamente?


Limites

Uma das associações com as quais colaboro dá apoio a pais em luto. É um trabalho que me tem fascinado mas é claramente uma missão muito dura.
No mês de Dezembro angariámos fundos para a Associação e o meu envolvimento foi grande. Ao longo deste ano tenho recebido o carinho destes pais e mães de coração sofrido e desde o primeiro momento fui acolhida de braços abertos.
Quando souberam da minha gravidez, abraçaram-me e disseram-me palavras bonitas que fizeram com que eu tivesse que engolir os soluços várias vezes. 
Uma das mães (de lágrimas nos olhos) disse-me: "Aconteça o que acontecer, agora será sempre sempre Mãe.."
Não lhe consegui responder e abracei-a com força. 

Numa das iniciativas da angariação de fundos conheci uma mãe recém chegada à Associação. Quando me dirigi a ela vi que olhava com grande atenção para a minha barriga (já enorme). 
Apresentei-me, perguntei-lhe o nome e ela respondeu fazendo-me uma outra pergunta:
"Posso tocar na sua barriga?"
O pedido chegou com um tom tão meigo e terno que lhe sorri abanando a cabeça afirmativamente. 
Ela fez uma festa e fechou os olhos enquanto esboçava um pequenino sorriso. 
Sentámo-nos e conversámos com naturalidade sobre o que muitos consideram ser impossível falar. Este trabalho exige perguntas difíceis, muito difíceis. Perguntar o nome do filho ou filha que partiu, como aconteceu, há quanto tempo. 

O filho desta senhora tinha morrido há um mês e com apenas três dias de idade.
Ao ouvi-la senti as pernas bambas, engoli em seco e o meu coração estremeceu. Por milésimas de segundo deixei de ser a psicóloga e senti-me apenas uma mulher a pouco tempo de abraçar a maternidade..

Elogiei a coragem que teve com tão pouco tempo de luto ter a iniciativa de procurar ajuda. Há pais que demoram anos nesta conquista. Falei-lhe no grupo de apoio, trocámos contactos e ela decidiu naquele momento que começaria a ser acompanhada por nós. 
Perguntou-me se eu estaria presente no grupo. Disse-lhe que estou sempre presente mas que iria depender do nascimento da minha bebé. Voltei a ver-lhe um pequenino e envergonhado sorriso e ela então disse-me: "Desculpe há pouco ter pedido para lhe fazer uma festa na barriga!"
Respondi-lhe que agradecia o gesto de carinho e despedimo-nos com um até breve.

Tenho ouvido muitas histórias na Associação. Todas obviamente tristes e tocantes.
Por vezes fico muito angustiada com este trabalho mas tenho aprendido a "desligar" (pelo menos tento) caso contrário daria em louca. Mas nesta mãe eu tenho pensado muito e, pela primeira vez, creio que não vou ser capaz de acompanhar o grupo como sempre faço...

Já tive momentos de muita tensão na minha vida profissional por isso sei o quão importante é conhecermos os nossos limites e aceitar que, por vezes, é preciso parar e aceitar as restrições que o momento nos impõe. 





12 de janeiro de 2015

Espero...

... que a nossa filha não aprenda este truque com a nossa gata.
Quando o "pai" a quer levar para a alcofa onde ela dorme com o mano felpudo, ela faz-se, literalmente, de morta!


8 de janeiro de 2015

6 de janeiro de 2015

Preparar o Ninho

... é uma fase normal quando se aproxima o nascimento de uma criança.
Na Natureza as fêmeas agitam-se e ajeitam o seu cantinho para receber as suas crias. Nos humanos alinham-se as prateleiras vezes vem conta, muda-se o lugar ao berço a cada dia que passa, a roupa sai e entra das gavetas várias vezes, organizam-se as coisas por cores, colocam-se etiquetas, compram-se cabides a condizer, etc, etc, etc...
Confesso que tenho alguns traços obsessivo compulsivos (tipo estender uma peça de roupa só com molas da mesma cor!) mas ao longo dos anos tenho feito um esforço para não ser escrava do perfeccionismo.
Este foi aliás um aspecto que trabalhei com afinco na formação em PNL pois creio que com uma criança em casa, e com o meu perfeccionismo extremo, a minha experiência de maternidade transformar-se-ia rapidamente num filme de horror...
Agora sinto-me mais leve quanto a isto e mudei muitos dos hábitos (excessivos) que tinha!
Giro é que o meu marido, que sempre foi um pouco a atirar para o desarrumado, está um primor nas arrumações... Quando fiz os seis meses de gravidez deu-se um click na cabeça dele e desde aí Deus meu... é vê-lo a arrumar as prateleiras, a ajeitar os cortinados, a fazer pinturas, a lixar as portas, a mudar rodapés  ... etc, etc, etc.
A última que me impressionou foi a gaveta das tampas dos tupperwares....! Antes, a confusão era tamanha que ela custava a abrir e agora está assim......!


Certo é que ele sempre colaborou nas tarefas cá de casa. Temos tudo super afinado nesse campo mas o arrumar propriamente dito sempre foi um desassossego. Disse bem, foi, porque agora sou eu que volta e meia levo uns "raspanetes" porque deixei as chávenas desalinhadas ou os sapatos pelo caminho! 
É mesmo verdade, não há fome que não dê em fartura...