27 de março de 2015

Mãe Astronauta

Desde que nasceste (já antes) que falo muito contigo.
Às vezes é conversa da treta e completamente despropositada estilo “Lembra a mãe que amanhã é dia de pagar a água” ou “Achas que ponha mais pimenta no lombo ou está bom assim?”
Outras vezes a conversa acontece quando estás no banho e vendo-te tão deliciada eu pergunto-te: “Doce filha.. onde escondeste a tua cauda de sereia?”
São conversas tolas mas dão-me um gozo imenso pois são momentos em que te envolvo totalmente naquilo que são as nossas vidas.
Há dias, numa dessas “conversas”, tu ofereceste-me o teu primeiro sorriso! 
Um sorriso aberto e de olhos muito iluminados.

Também no meu rosto apareceu um sorriso enorme de fazer doer a bochecha. 
Desde esse dia que sorris e nesses momentos sinto-me a levitar como se não existisse nenhuma gravidade e fico com o meu coração a bater à porta das estrelas.. 


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